(a Humberto Gessinger)
Sou o bravo e digno cavaleiro
Que vem das Montanhas Encantadas
E não encontrei pelas estradas
Nenhuma besta, bruxo ou guerreiro
Que me fosse real adversário
Nas Montanhas Encantadas, ao norte
Do queijo se faz o pão
E as pessoas têm a sorte
De uma tarde quente de verão
É verdade que a Ilha da Magia
Tem muitíssimos encantos
(Como aquela linda guria
Que eu conheci no outro dia)
Mas ultimamente, por todos os cantos
Surgem inimigos - terríveis e vários
Que querem ver-me ao chão
O feroz dragão do sopro gelado
Leva seu vento de gelo a todos os lados
E o bruxo que faz verter águas copiosas
Com o poder de sua mão
É um terrível e temível vilão
Essas criaturas, vis e maldosas
Enfrentam a mim, guerreiro solitário
Que mantenho a lança em riste
A gente medíocre me chama de otário
“Bruxos e dragões? Nada disso existe
O que há é chuva, frio e vento
Um guarda-chuva e um homem louco”
A gentalha não entende meu intento
Por amor às causas perdidas
Enfrento os inimigos com todo empenho
Com habilidade e bravura, pouco a pouco
Apesar de suas ferozes investidas
De pé e combativo me mantenho
E conquisto toda a glória
Encharcado com as águas da vitória.
2 comentários:
"...conquisto toda a glória
Encharcado com as águas da vitória."
perfeito. mesmo mesmo. =)
Muuuuuuito bom.
Quanta intertextulidade.
Parabéns.
PS: "Até pode ser que os dragões sejam moinhos de ventoooo."
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