domingo, 9 de setembro de 2007

In-sanidade

Tortuosas ramificações aéreas
Se nutrem da incessante sinestesia
Que flui, flui...
Eis que se abrem as cortinas da percepção
Revelando o infinito horizonte
Bela é a estrada de sete cores
Sob pés saltitantes, levitantes
Imaginação alada,
Aventura imaculada,
Suave brisa na face
No fim a fonte cristalina
Sagradas gotas saciam a alma
Infinita sede de inspiração,
Infinitas gotas de inspiração
Fumaça de idéias...
Aspiração
In-spiração
Pira-ação:
O fogo que age
O fogo-íris percorre as veias
Alimentando os sete sentidos...
Trans-piração Ex-piração:
O fogo se dissipa,
Um grande clarão inunda os olhos
E então Íris se transfigura
Fios de ébano
Parecem buscar o chão
Pele de leite,
Olhos de jabuticaba,
Lábios de pêssego
Íris então se aproxima
E suavemente sussurra ao meu ouvido
Palavras de mel e alecrim
Ó, fonte de toda inspiração,
Ó, Íris, amada e musa,
Me usa,
Me abusa,
Me lambusa
Da quase-matéria de que és feita
Tu, que és feita,
Refeita,
Perfeita,
Me abraça,
Me enlaça
Na espiral espaço-tempo
É de bom grado
Que viajo contigo
É de bom grado
Que te recebo.

3 comentários:

Marília Francisco disse...

Sem palavras para me referir ao seu poema.
A Inspiração do escritor foi bem definida e homenageada por um dos únicos e verdadeiros "humanotéreos" da face da terra.
Se definir e homenagear a Inspiração , uma das energias vitais dos deuses, foi-lhe possível, você será agraciado por eles com o recebimento dessa em abundância.

Unknown disse...

enzo vc � in-sano. heahehaeh adorei o poema, bjus

Anônimo disse...

Enzo, Enzo...
Cara... Parabéns por mais este poema. Penso que você conseguiu estampar a sensação de um mundo colorido e delirante ao mesmo tempo em que excitante e relaxante... Simplesmente, mandou bem como sempre.
Abração!